Agências
Os chanceleres dos países-membros da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) definiram nesta quinta-feira um pacote de medidas para punir as nações da região que romperem a ordem democrática. A chamada "cláusula democrática" deverá ser ratificada e assinada pelos chefes de Estado da Unasul. Eles vão se reunir na sexta-feira na capital da Guiana, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Estabelecemos a aplicação de sanções muito fortes contra qualquer golpe de Estado ou tentativa de golpe de Estado, de alteração da democracia e constitucionalidade, a limitação do comércio, fechamento de fronteiras terrestres, de operações aéreas e suspensão de comércio com esse país - explicou o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño.
A decisão é um apoio claro à democracia no Equador, que sofreu em 30 de setembro um protesto de policiais exigindo benefícios econômicos, o que Quito qualificou como tentativa de golpe de Estado que colocou em perigo a democracia. "Temos um acordo global entre os ministros de Relações Exteriores que vamos apresentar aos presidentes. Eles resolverão se estão totalmente de acordo com nossa redação", disse Patiño.
Os chanceleres demoraram para chegar a um consenso e, por isso, Patiño esclareceu que não há temas pendentes no documento que será entregue aos mandatários. Os presidentes também tratarão de discutir a eleição do sucessor de Néstor Kirchner, que morreu no fim de outubro. Patiño afirmou que o tema ainda não foi abordado pelos chanceleres.
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