Francisco Alambert
Boitempo
John Reed foi testemunha de dois dos acontecimentos revolucionários mais extraordinários do século XX: a Revolução Mexicana e a Revolução Russa. Sobre ambos, legou-nos algumas das mais admiráveis páginas já escritas. México insurgente é seu primeiro grande relato, seu “batismo de fogo” – conforme define Luiz Bernardo Pericás na excelente introdução que acompanha este volume –, o livro no qual o escritor conseguiu “unir jornalismo, literatura e militância política melhor do que qualquer outro em sua época”. Narrativa que o preparou para escrever sua obra mais conhecida, Dez dias que abalaram o mundo.
Mas "México insurgente" é muito mais do que o primeiro livro do agitador que fundaria o Partido Comunista Operário dos Estados Unidos. Ele nos ensina a ver as grandes personagens da saga mexicana: Villa, Orozco, Zapata, Huerta, Carranza, os reacionários mexicanos, os interesses do capitalismo norte-americano. Especialmente quanto a Francisco Villa, são memoráveis as páginas em que Reed descreve toda a sua inteligência política e suas contradições, seu “dom de expressar com fidelidade a maneira de sentir da grande massa popular”.
Através desse olhar atento, conhecemos o cotidiano da massa insurgente, seus hábitos (suas diferentes bebidas, suas crenças), seus motivos (sua pobreza, seu orgulho e suas ideias), seu território, seu tempo. John Reed foi aqui escritor e historiador, combatente e poeta, pensador cosmopolita e militante esclarecido, antropólogo e quase cineasta. Creio que por essa razão este texto tenha inspirado ninguém menos que o grande cineasta Sergei Eisenstein a elaborar um dos mais impressionantes filmes inacabados da história do cinema: ¡Que viva México!.
Por tudo isso e muito mais, vale para esta obra o mesmo que seu autor escreveu como dedicatória a um de seus professores de Harvard: “que ouvi-lo é aprender a ver a beleza oculta do mundo visível; que ser seu amigo é tentar ser intelectualmente honesto”. É a essa beleza e honestidade que este livro nos conduz.
Mas "México insurgente" é muito mais do que o primeiro livro do agitador que fundaria o Partido Comunista Operário dos Estados Unidos. Ele nos ensina a ver as grandes personagens da saga mexicana: Villa, Orozco, Zapata, Huerta, Carranza, os reacionários mexicanos, os interesses do capitalismo norte-americano. Especialmente quanto a Francisco Villa, são memoráveis as páginas em que Reed descreve toda a sua inteligência política e suas contradições, seu “dom de expressar com fidelidade a maneira de sentir da grande massa popular”.
Através desse olhar atento, conhecemos o cotidiano da massa insurgente, seus hábitos (suas diferentes bebidas, suas crenças), seus motivos (sua pobreza, seu orgulho e suas ideias), seu território, seu tempo. John Reed foi aqui escritor e historiador, combatente e poeta, pensador cosmopolita e militante esclarecido, antropólogo e quase cineasta. Creio que por essa razão este texto tenha inspirado ninguém menos que o grande cineasta Sergei Eisenstein a elaborar um dos mais impressionantes filmes inacabados da história do cinema: ¡Que viva México!.
Por tudo isso e muito mais, vale para esta obra o mesmo que seu autor escreveu como dedicatória a um de seus professores de Harvard: “que ouvi-lo é aprender a ver a beleza oculta do mundo visível; que ser seu amigo é tentar ser intelectualmente honesto”. É a essa beleza e honestidade que este livro nos conduz.
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