Agencias
Mais de 200.000 pessoas poderão ser expulsas da cidade de Londres devido aos cortes no apoio social à habitação decididos pelo governo britânico, que pretende também privatizar metade da floresta pública.
Os cortes devastadores nos apoios sociais à habitação vão provocar uma “limpeza social” na cidade de Londres, noticiou neste domingo o jornal The Guardian.
Segundo autarcas locais da cidade, 82.000 famílias pobres, o que significa mais de 200.000 pessoas, podem ser expulsas da cidade, devido aos preços elevados das rendas e aos cortes nos apoios sociais à habitação, impostos pelo plano de austeridade anunciado na passada semana pelo Governo da coligação de conservadores e liberais-democratas.
Em Londres, a política governamental tem o apoio do presidente da Câmara da cidade, Boris Johnson, e autarcas conservadores estão já a reservar instalações fora da capital (em Hastings, Reading e Luton), para desterrar as pessoas expulsas de Londres. Noutras cidades britânicas de rendas elevadas, como Oxford ou Brighton, poderá acontecer uma situação semelhante.
David Orr, presidente da National Housing Federation (Federação Nacional de Habitação), considera os cortes “verdadeiramente chocantes” e diz que se os ministros não reconsiderarem os “cortes punitivos” o plano levará a que mais pessoas durmam na rua, do que “em qualquer momento dos últimos 30 anos.”
David Orr, presidente da National Housing Federation (Federação Nacional de Habitação), considera os cortes “verdadeiramente chocantes” e diz que se os ministros não reconsiderarem os “cortes punitivos” o plano levará a que mais pessoas durmam na rua, do que “em qualquer momento dos últimos 30 anos.”
Mas o governo de David Cameron e Nick Clegg pretende também prosseguir a política de privatizações iniciada por Margareth Thatcher e prosseguida por Blair. Como já vão escasseando os bens e serviços públicos, este governo quer privatizar cerca de metade dos 748 mil hectares de floresta do Estado, até 2020. Os movimentos ambientalistas exigem que os cidadãos possam usufruir das florestas, mesmo privatizadas. Os sindicatos do sector opõem-se à privatização.
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