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São cada vez mais qualificados, no entanto, estão cada vez mais sujeitos a situações laborais precárias, autonomizam-se cada vez mais tarde, ganham menos e têm um peso cada vez maior nas estatísticas do desemprego.Esta é a conclusão de um estudo da Interjovem sobre os jovens trabalhadores divulgado esta segunda-feira, Dia Nacional da Juventude.
Segundo o documento, a que a Agência Lusa teve previamente acesso, desde 1998 a percentagem de jovens com menos de 35 anos que terminou pelo menos o ensino secundário aumentou 60 por cento. Quase metade dos jovens com menos de 35 anos tem como habilitação o ensino secundário ou superior.
Esta classe etária é, contudo, também a mais fustigada pelo desemprego. Segundo o estudo da Interjovem, cerca de metade dos desempregados são jovens com menos de 35 anos e o desemprego de longa duração entre os jovens desempregados com formação superior é de 55 por cento. Apesar disto, apenas 34 por cento recebia qualquer subsídio no final de 2010, percentagem que era de 54 por cento em 2009.
Ainda que consigam encontrar trabalho, os jovens são os mais sujeitos a situações laborais precárias, representando 61,5 por cento do total de trabalhadores precários, o equivalente a mais de meio milhão de jovens com menos de 35 anos. Enquanto trabalhadores precários, os jovens ganham cerca de 30 por cento menos que os trabalhadores com vínculo permanente.
Perante situações de desemprego e precariedade, os jovens têm vindo a autonomizar-se cada vez mais tardiamente. De acordo com o estudo da Interjovem sobre os jovens trabalhadores, quase dois terços dos jovens portugueses entre os 18 e os 34 anos vivem em casa dos pais, embora 60 por cento destes trabalhem (metade dos quais com contrato a prazo).
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