segunda-feira, 2 de março de 2009

Movimentos sociais urbanos


Em Movimentos sociais urbanos, Regina Bega dos Santos reflete sobre como, a partir do final da década de 70, novos movimentos foram surgindo e ganhando destaque nos meios de comunicação. Caso do feminismo, da ecologia e da luta contra a discriminação ética ou sexual, assim como movimentos de ação urbana ligados às Comunidades Eclesiais de base da Igreja Católica e aos sindicatos que organizaram as grandes greves do ABC paulista.

A autora mostra o que são estes movimentos e os impasses contemporâneos que levam ao debate sobre as possibilidades de construção de uma nova forma de cidadania. Discute a origem dos problemas urbanos a partir da pressão social exercida pela urbanização capitalista, analisando as estratégias e práticas de luta que buscam modificar as estruturas sociais, coagindo o poder público a atender suas reivindicações. Nesse cenário compreender o processo contraditório do desenvolvimento capitalista, onde a exploração da força de trabalho é concentrada nas cidades é fator primordial para estudar e analisar os movimentos sociais urbanos.

Com o passar dos anos novos movimentos foram surgindo e ganhando destaque perante a sociedade. Embasado por um amplo trabalho de pesquisa, o livro aponta que raramente os movimentos urbanos usaram a força física. Apesar disso, distinções entre os diferentes movimentos são perceptíveis. De um lado, temos os meramente reivindicatórios, que são passageiros e se dissolvem depois que suas cobranças são atendidas. No outro extremo, aparecem grupos contrários ao Estado e a suas instituições, que anseiam por transformações do sistema político.

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