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Em 1990, o índice de desenvolvimento humano mundial situou os Estados Unidos em primeiro lugar. Dezoito anos mais tarde, caiu para a 12ª colocação. País tem a maior porcentagem de meninos e meninas pobres em comparação com as nações ricas, revela estudo da organização não-governamental Oxfam. Levantamento também aponta grandes desigualdades entre estados norte-americanos.
Os Estados Unidos têm um “atraso deplorável” em relação a outras nações ricas em matéria de criação de oportunidades e possibilidades para seus cidadãos, a própria essência do chamado “sonho americano”, afirma um estudo da organização não-governamental Oxfam. O inédito “Indicador dos Estados Unidos: Informe de desenvolvimento humano 2009-2009” oferece uma análise estatística de numerosas variáveis vinculadas ao bem-estar de sua população, afetado por questões de gênero, raça e, inclusive, de distritos eleitorais.
Uma conclusão surpreendente do estudo é que os Estados Unidos é o país que mais gasta por habitante, US$ 5,2 milhões por dia, e ainda assim seus cidadãos vivem menos tempo do que os de, virtualmente, cada uma das nações da Europa ocidental e nórdicas. Além disso, esse país tem a maior porcentagem de meninos e meninas pobres em comparação com as nações ricas. Em 1990, o índice de desenvolvimento humano mundial situou os Estados Unidos em primeiro lugar. Dezoito anos mais tarde, caiu para a 12ª colocação.
Os Estados Unidos não estão atrasados apenas em relação aos países ricos, mas também tem “enormes brechas” em matéria de padrões e de qualidade de vida entre os diferentes Estados, segundo o estudo divulgado no último dia 16 pelo capítulo local da Oxfam, organização financiada pelas fundações Rockefeller e Conrad Hilton. “Alguns norte-americanos vivem entre 30 e 50 anos de atraso em relação a outros compatriotas em áreas que preocupam a todos nós, como saúde, educação e padrão de vida”, destacou Sarah Bird-Sharps, uma das autoras do estudo.
Os habitantes do estado de Connecticut têm uma expectativa de vida média de 30 anos a mais do que os do Estado do Mississippi. Ambos se situam nos extremos desse indicador demográfico. Uma conclusão tão surpreendente é que os homens afro-norte-americanos têm o menor índice de desenvolvimento humano de todos os grupos sociais estudados. O dos de origem asiática está 50 pontos percentuais acima. O Estado do Texas tem uma porcentagem de adultos sem diploma do ensino secundário semelhante ao dos anos 70 em todo o país. As disparidades são tão grandes que no Estado da Califórnia que tem os cinco distritos eleitorais com melhor pontuação e os cinco menores do país.
A pesquisa reúne uma quantidade de dados que vão desde fatores sociais, políticos, econômicos, ambientais, habitacionais, de transporte e outros, a fim de criar uma instantânea da qualidade de vida do país. A informação servirá para que os cidadãos tenham a possibilidade de exercer pressão para obter melhorias e permitir que organizações não-governamentais, fundações e governos locais concentrem sua assistência nas áreas com maiores necessidades.
A idéia de realizar um índice de desenvolvimento humano foi inspirada no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que realiza um similar a cada ano em todos os países do mundo. “O Índice de Desenvolvimento é único”, explica o presidente da Oxfam, Raymond Offenheiser, “porque mostra os fatores entrelaçados que criam o ou negam oportunidades e determinam opções de vida. A análise é especialmente reveladora em lugares do Golfo do México, onde trabalhamos com 34 organizações”, explicou.
“O estudo mostra com clareza as difíceis condições de vida que sofriam os residentes da região mesmo antes dos furacões de 2005, com o limitado acesso à educação, baixa renda e menor expectativa de vida, e defende uma solução integral para conseguir uma recuperação”, ressaltou Raymond. Os dados manejados permitem entender quais políticas públicas tiveram êxito e devem ser imitadas e quais não conseguiram cumprir seu objetivo. “A informação manejada no estudo pode servir para melhorar as políticas de sucesso e criar oportunidades em beneficio das novas gerações de norte-americanos”, disse o vice-presidente da Fundação Rockefeller, Darren Walker.
Por sua vez o diretor da Fundação Hilton, com sede em Los Angeles, Steven Hilton, afirmou que seu avô, Conrad Hilton, encarnou o espírito empreendedor e de oportunidades que caracterizou o “sonho americano”. Conrad Hilton, falecido em 1949, foi o criador em 1919 da cadeia Hilton Hotéis e em 1944 da fundação que leva seu nome. “Fica claro com este estudo que o sonho americano está em perigo”, destacou Steven. O estudo da Oxfam foi publicado com apoio da Columbia University Press e do Conselho de Pesquisa em Ciência Sociais.
Uma conclusão surpreendente do estudo é que os Estados Unidos é o país que mais gasta por habitante, US$ 5,2 milhões por dia, e ainda assim seus cidadãos vivem menos tempo do que os de, virtualmente, cada uma das nações da Europa ocidental e nórdicas. Além disso, esse país tem a maior porcentagem de meninos e meninas pobres em comparação com as nações ricas. Em 1990, o índice de desenvolvimento humano mundial situou os Estados Unidos em primeiro lugar. Dezoito anos mais tarde, caiu para a 12ª colocação.
Os Estados Unidos não estão atrasados apenas em relação aos países ricos, mas também tem “enormes brechas” em matéria de padrões e de qualidade de vida entre os diferentes Estados, segundo o estudo divulgado no último dia 16 pelo capítulo local da Oxfam, organização financiada pelas fundações Rockefeller e Conrad Hilton. “Alguns norte-americanos vivem entre 30 e 50 anos de atraso em relação a outros compatriotas em áreas que preocupam a todos nós, como saúde, educação e padrão de vida”, destacou Sarah Bird-Sharps, uma das autoras do estudo.
Os habitantes do estado de Connecticut têm uma expectativa de vida média de 30 anos a mais do que os do Estado do Mississippi. Ambos se situam nos extremos desse indicador demográfico. Uma conclusão tão surpreendente é que os homens afro-norte-americanos têm o menor índice de desenvolvimento humano de todos os grupos sociais estudados. O dos de origem asiática está 50 pontos percentuais acima. O Estado do Texas tem uma porcentagem de adultos sem diploma do ensino secundário semelhante ao dos anos 70 em todo o país. As disparidades são tão grandes que no Estado da Califórnia que tem os cinco distritos eleitorais com melhor pontuação e os cinco menores do país.
A pesquisa reúne uma quantidade de dados que vão desde fatores sociais, políticos, econômicos, ambientais, habitacionais, de transporte e outros, a fim de criar uma instantânea da qualidade de vida do país. A informação servirá para que os cidadãos tenham a possibilidade de exercer pressão para obter melhorias e permitir que organizações não-governamentais, fundações e governos locais concentrem sua assistência nas áreas com maiores necessidades.
A idéia de realizar um índice de desenvolvimento humano foi inspirada no Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que realiza um similar a cada ano em todos os países do mundo. “O Índice de Desenvolvimento é único”, explica o presidente da Oxfam, Raymond Offenheiser, “porque mostra os fatores entrelaçados que criam o ou negam oportunidades e determinam opções de vida. A análise é especialmente reveladora em lugares do Golfo do México, onde trabalhamos com 34 organizações”, explicou.
“O estudo mostra com clareza as difíceis condições de vida que sofriam os residentes da região mesmo antes dos furacões de 2005, com o limitado acesso à educação, baixa renda e menor expectativa de vida, e defende uma solução integral para conseguir uma recuperação”, ressaltou Raymond. Os dados manejados permitem entender quais políticas públicas tiveram êxito e devem ser imitadas e quais não conseguiram cumprir seu objetivo. “A informação manejada no estudo pode servir para melhorar as políticas de sucesso e criar oportunidades em beneficio das novas gerações de norte-americanos”, disse o vice-presidente da Fundação Rockefeller, Darren Walker.
Por sua vez o diretor da Fundação Hilton, com sede em Los Angeles, Steven Hilton, afirmou que seu avô, Conrad Hilton, encarnou o espírito empreendedor e de oportunidades que caracterizou o “sonho americano”. Conrad Hilton, falecido em 1949, foi o criador em 1919 da cadeia Hilton Hotéis e em 1944 da fundação que leva seu nome. “Fica claro com este estudo que o sonho americano está em perigo”, destacou Steven. O estudo da Oxfam foi publicado com apoio da Columbia University Press e do Conselho de Pesquisa em Ciência Sociais.
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