Além do fato de se tratar do último curso ministrado por Adorno, Introdução à Sociologia é o único cujas gravações em fita foram conservadas por completo. E antes mesmo de examinar os temas expostos pelo filósofo alemão em suas aulas, há a percepção de que se trata de "um documento maior da experiência intelectual adorniana em seu momento de maturidade".
Aqui, Adorno fornece a um amplo público de iniciantes tanto as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo quanto os meandros da Teoria Crítica da sociedade, da qual foi um dos principais representantes. Neste curso de Sociologia, centrado em torno à crítica do positivismo, se coloca de maneira transparente o que Gabriel Cohn chama, na apresentação que faz a este livro, da razão de ser da Teoria Crítica: "seu 'vínculo interno', seu resoluto impulso vital, foi a exigência 'de um desenvolvimento e inter-relacionamento dialético de teoria filosófica e práxis científica específica'".
Introdução à Sociologia também contribui para eliminar algumas leituras equivocadas que se faz da obra adorniana, como a de que ele teria uma atitude hostil à pesquisa empírica, considerada positivista. O que se pode observar nestas aulas, como observa Cohn, não é que haja teórico demais e empírico de menos, nem empírico demais e teórico de menos. O que há, para Adorno, é teórico de menos e empírico de menos.
Se há uma preocupação marcante que emerge destes registros é a de conceber a Sociologia como uma ciência marcada pelo empenho em descobrir na sociedade o que nela é essencial. E a referência essencial para Adorno não é desvendar os segredos de uma sociedade específica ou mesmo buscar conceitos para a sociedade de modo geral, mas de converter a vida em algo digno de ser vivido, pensando a espécie humana para além de suas conformações particulares.
Aqui, Adorno fornece a um amplo público de iniciantes tanto as principais balizas que nortearam sua prática de sociólogo quanto os meandros da Teoria Crítica da sociedade, da qual foi um dos principais representantes. Neste curso de Sociologia, centrado em torno à crítica do positivismo, se coloca de maneira transparente o que Gabriel Cohn chama, na apresentação que faz a este livro, da razão de ser da Teoria Crítica: "seu 'vínculo interno', seu resoluto impulso vital, foi a exigência 'de um desenvolvimento e inter-relacionamento dialético de teoria filosófica e práxis científica específica'".
Introdução à Sociologia também contribui para eliminar algumas leituras equivocadas que se faz da obra adorniana, como a de que ele teria uma atitude hostil à pesquisa empírica, considerada positivista. O que se pode observar nestas aulas, como observa Cohn, não é que haja teórico demais e empírico de menos, nem empírico demais e teórico de menos. O que há, para Adorno, é teórico de menos e empírico de menos.
Se há uma preocupação marcante que emerge destes registros é a de conceber a Sociologia como uma ciência marcada pelo empenho em descobrir na sociedade o que nela é essencial. E a referência essencial para Adorno não é desvendar os segredos de uma sociedade específica ou mesmo buscar conceitos para a sociedade de modo geral, mas de converter a vida em algo digno de ser vivido, pensando a espécie humana para além de suas conformações particulares.
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