Nesta obra clássica, Peter Burke sugere que História e teoria social, áreas tradicionalmente em conflito, deveriam ser consideradas complementares.
Os estudiosos das duas esferas de conhecimento contribuiriam de forma mais profunda e ampla com o estudo das ciências humanas se pudessem interromper o “diálogo de surdos” que ainda travam, de acordo com o autor. Ele reconhece, porém, que tem crescido o número de historiadores e teóricos sociais “bilíngues”.
Burke examina aqui a forma como os historiadores têm empregado — ou deveriam empregar – os modelos, métodos e conceitos da teoria social para abordar conflitos latentes, como a oposição entre estrutura e agência humana, que estão no cerne da tensão entre as duas áreas. E também procura demonstrar como a História, por sua vez, foi utilizada para criar e validar teorias sociais. “Espero vir a persuadir os historiadores a levarem a teoria social mais a sério do que muitos deles hoje a levam, e os teóricos sociais a se interessarem mais pela História“, escreve.
Revisada e ampliada, esta segunda edição de História e teoria social contém, ainda, análises sobre temas atuais, como capital social, globalização e pós-colonialismo.
Um comentário:
É muito importante defender a liberdade de expressão.
O texto que segue mostra-nos que não podemos desistir de procurar fazer alguma coisa:
«....Lamentavelmente, a política económica suicidária da UE, que resultou nas tragédias que ja todos conhecem, acresce a queda do Governo Holandês (ironicamente, acérrimo defensor da austeridade) e o agravamento da recessão em Espanha. Por conseguinte, a zona euro vê oseu espaço de manobra cada vez mais reduzido e os ataques dos especuladores são cada vez mais mortíferos. Vale a pena lembrar umavez mais que o Goldman and Sachs, o Citygroup, o Wells Fargo, etc. apostaram biliões de dólares na implosão da moeda única.
Na sequência dos avultadíssimos lucros obtidos durante a crise financeira de 2008 e das suspeitas de manipulação de mercado que recaíam sobre estas entidades, o Senado norte americano levantou um inquérito que resultou na condenação dos seus gestores. Ficou também demonstrado que o Goldman and Sachs aconselhou os seus clientes a efectuarem investimentos no mercado de derivados num determinado sentido.
Todavia, esta entidade realizou apostas em sentido contrário no mesmo mercado. Deste modo, obtiveram lucros de 17 biliões de dólares (comprejuízo para os seus clientes).
Estes predadores criminosos, disfarçados de banqueiros e investidores respeitáveis, são jogadores de póquer que jogam com as cartas marcadas e, por esta via, auferem lucros avultadíssimos, tornando-se, assim, nos homens mais ricos e influentes do planeta. Entretanto, todos os dias são lançadas milhões de pessoas no desemprego e na pobreza em todo o planeta em resultado desta actividade predatória. Tudo isto, revoltantemente, acontece com a cumplicidade de governantes e das autoridades reguladoras. Desde a crise financeira de 1929 que o
Goldman and Sachs tem estado ligado a todos os escândalos financeiros que envolvem especulação e manipulação de mercado, com os quais tem sempre obtido lucros monstruosos.
Acresce que este banco tem armazenado milhares de toneladas de zinco, alumínio, petróleo, cereais, etc., com o objectivo de provocar a subida dos preços e assim obter lucros astronómicos. Desta maneira, condiciona o crescimento da economia mundial, bem como condena milhões de pessoas a fome.
No que toca a canibalização económica de um país a fórmula é simples:
o Goldman, com a cumplicidade das agências de rating, declara que um governo está insolvente, como consequência as yields sobem e obriga-o, assim, a pedir mais empréstimos com juros agiotas. Em simultâneo impõe duras medidas de austeridade que empobrecem esse pais. De seguida, em nome do aumento da competitividade e da modernização, obriga-os a abrir os seus sectores económicos estratégicos (energia, águas, saúde, banca, seguros, etc.) às corporações internacionais.
Como as empresas nacionais estão bastante fragilizadas e depauperadas pelas medidas de austeridade e da consequente recessão não conseguem competir e acabam por ser presa fácil das grandes corporações internacionais.
A estratégia predadora do Goldman and Sachs tem sido muito eficiente.
Esta passa por infiltrar os seus quadros nas grandes instituições políticas e financeiras internacionais, de forma a condicionar e manipular a evolução política e económica em seu favor e em prejuízo das populações. Desta maneira, dos cargos de CEO do Banco Mundial, do FMI, da FED, etc. fazem parte quadros oriundos do Goldman and Sachs. E na UE estão: Mário Draghi (BCE), Mário Monti e Lucas Papademos (primeiros-ministros de Itália e da Grécia, respectivamente), entre outros. Alguns eurodeputados ficaram estupefactos quando descobriram que alguns consultores da Comissão Europeia, bem como da própria Angela Merkel, tem fortes ligações ao Goldman and Sachs. Este poderoso império do mal, que se exprime através de sociedades anónimas, está a destruir não só a economia e o modelo social, como também as impotentes democracias europeias”....»
Postar um comentário