Este livro apresenta os resultados de pesquisa conduzida pelo Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais (IEEI) que investigou as Tensões estruturais entre meio-ambiente e crescimento econômico. Congregando especialistas de vários setores (economia, sociologia, filosofia, antropologia, física e ciência ambiental) e diferentes países, ela desenvolveu-se entre 2007 e 2008 e procurou aprofundar uma visão anti-hegemônica da natureza sistêmica de um dos maiores impasses civilizacionais deste século: a espécie humana corre um sério risco de desestabilização porque sua saúde e suas atividades dependem do bom funcionamento dos ecossistemas - que estão colapsando - e de recursos naturais abundantes, que passam a escassear devido aos nossos modos de produção e consumo.
Durante as últimas décadas, a crise ecológica foi se anunciando de maneira crescente e, mesmo assim, a agenda necessária para evitá-la não se impôs. A natureza converteu-se em um problema ético; tão degradada está por ações humanas que nossa relação com ela se tornou questão decisiva, afetando as condições de vida sociais e a possibilidade de sobrevivência futura da espécie, clamando por uma nova ética de responsabilidade. Tudo se passa como se a natureza opusesse uma recusa não negociável ao frenesi da lógica capitalista global. O padrão tecnológico e social incorporado à lógica global de produção leva a uma vinculação inevitável entre crescimento econômico, expansão descontrolada dos fluxos energéticos e de materiais e acúmulos de resíduos tóxicos.
O livro busca oferecer uma visão sistêmica das relações entre economia e meio ambiente, incluindo conflitos ecológicos distributivos. Congregando especialistas de diversos países e áreas do conhecimento (Economia, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Física e Ciência Ambiental), os textos aqui reunidos procuram aprofundar uma visão anti-hegemônica de um dos maiores impasses civilizacionais deste século: a espécie humana corre um sério risco de desestabilização porque sua saúde e suas atividades dependem do bom funcionamento dos ecossistemas - que estão colapsando - e de recursos naturais abundantes, que passam a escassear devido aos nossos modos de produção e consumo.
Diante de situação tão complexa e preocupante, o que fazer? Como produzir uma mudança radical de modelo se o mercado livre é a lei, e os grandes atores econômicos têm total liberdade de definir a direção dos vetores que determinam o sentido do "progresso"? Quem irá determinar as restrições e direções dessa mudança? Os otimistas incorporam Adam Smith em seu discurso hegemônico, garantindo que a busca do lucro inclui o interesse público e que o próprio capitalismo encontrará maneiras para se auto-regular. Já os pessimistas - ou realistas - pensam que o modelo de desenvolvimento econômico baseado nas leis do mercado e no encolhimento do Estado regulador é uma selva em que o interesse público é subjugado pelo lucro privado e que caminhamos para uma degradação ambiental inexorável e para um "salve-se quem puder".
Procura-se mostrar aqui que, balizada por essas duas posições radicais, a sociedade contemporânea terá de encontrar caminhos intermediários e soluções de compromisso para enfrentar o imenso desafio de retomar o controle da direção dos vetores tecnológicos e administrar os efeitos perversos de nosso sistema de produção sobre a saúde e o bem-estar de seus membros.
Durante as últimas décadas, a crise ecológica foi se anunciando de maneira crescente e, mesmo assim, a agenda necessária para evitá-la não se impôs. A natureza converteu-se em um problema ético; tão degradada está por ações humanas que nossa relação com ela se tornou questão decisiva, afetando as condições de vida sociais e a possibilidade de sobrevivência futura da espécie, clamando por uma nova ética de responsabilidade. Tudo se passa como se a natureza opusesse uma recusa não negociável ao frenesi da lógica capitalista global. O padrão tecnológico e social incorporado à lógica global de produção leva a uma vinculação inevitável entre crescimento econômico, expansão descontrolada dos fluxos energéticos e de materiais e acúmulos de resíduos tóxicos.
O livro busca oferecer uma visão sistêmica das relações entre economia e meio ambiente, incluindo conflitos ecológicos distributivos. Congregando especialistas de diversos países e áreas do conhecimento (Economia, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Física e Ciência Ambiental), os textos aqui reunidos procuram aprofundar uma visão anti-hegemônica de um dos maiores impasses civilizacionais deste século: a espécie humana corre um sério risco de desestabilização porque sua saúde e suas atividades dependem do bom funcionamento dos ecossistemas - que estão colapsando - e de recursos naturais abundantes, que passam a escassear devido aos nossos modos de produção e consumo.
Diante de situação tão complexa e preocupante, o que fazer? Como produzir uma mudança radical de modelo se o mercado livre é a lei, e os grandes atores econômicos têm total liberdade de definir a direção dos vetores que determinam o sentido do "progresso"? Quem irá determinar as restrições e direções dessa mudança? Os otimistas incorporam Adam Smith em seu discurso hegemônico, garantindo que a busca do lucro inclui o interesse público e que o próprio capitalismo encontrará maneiras para se auto-regular. Já os pessimistas - ou realistas - pensam que o modelo de desenvolvimento econômico baseado nas leis do mercado e no encolhimento do Estado regulador é uma selva em que o interesse público é subjugado pelo lucro privado e que caminhamos para uma degradação ambiental inexorável e para um "salve-se quem puder".
Procura-se mostrar aqui que, balizada por essas duas posições radicais, a sociedade contemporânea terá de encontrar caminhos intermediários e soluções de compromisso para enfrentar o imenso desafio de retomar o controle da direção dos vetores tecnológicos e administrar os efeitos perversos de nosso sistema de produção sobre a saúde e o bem-estar de seus membros.
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