Agencias
Após superar no Senado uma moção de desconfiança proposta pela oposição, o premier italiano, Silvio Berlusconi, conseguiu sua segunda vitória nesta terça-feira, conquistando também na Câmara um voto de confiança. Ele ficará, no entanto, com uma maioria estreita no Congresso, o que deve dificultar seu trabalho no governo. A segunda votação mostrou o clima tenso na política italiana: o processo chegou a ser interrompido por uma briga entre os congressistas após a deputada Katia Polidori contrariar seu partido e votar a favor de Berlusconi.
O premier obteve 314 votos favoráveis e 311 contrários na Câmara. No Senado, o placar foi de 162 contra 135. A moção de desconfiança foi convocada pela oposição e por deputados de centro-direita ligados ao presidente da Câmara, Gianfranco Fini, que rompeu neste ano com premier devido a denúncias de corrupção contra o governante milionário.
O "cavaliere" chegou a prometer na segunda-feira readmitir em seu governo deputados rebeldes caso vencesse a votação. A oferta se dirigia a deputados da bancada de Fini e a membros de pequenos partidos centristas.
Ainda não é possível garantir que as vitórias de Berlusconi permitirão a manutenção de um governo estável. Umberto Bossi, dirigente do partido Liga Norte e principal aliado de Berlusconi na atualidade, demonstrou ceticismo quanto a isso. "Não se pode governar com uma maioria de um voto" afirmou.
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